Durante a pandemia da Covid-19, houve um aumento no consumo comercial dos medicamentos Hidroxicloroquina e Ivermectina para o tratamento da doença devido aos resultados positivos encontrados em testes in vitro. Entretanto, não há indícios científicos de que estes medicamentos, em dosagens seguras, sejam eficazes para a patologia em seres humanos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade e genotoxicidade dos medicamentos através do bioensaio Allium cepa. Com isso, para controle positivo, foi utilizado 800mg de Paracetamol e para o negativo, água filtrada. Os fármacos Hidroxicloroquina e Ivermectina apresentaram potencial tóxico em suas dosagens usuais. Além disso, um dos bulbos tratados com Ivermectina apresentou alterações morfológicas em suas raízes. O medicamento antimalárico (Hidroxicloroquina) não apresentou risco genotóxico nas dosagens testadas, mas oferece risco à saúde humana quando administrada em excesso, e sem recomendação médica, ou com associação com outros medicamentos, tal como a azitromicina. O fármaco Ivermectina apresentou risco genotóxico em duas das quatro concentrações testadas, apresentando aumento do número de micronúcleos de acordo com o aumento da dose. Portanto, para consumo desses medicamentos, é necessário um acompanhamento médico responsável, além de seguir as recomendações adequadas. Até o presente momento, o protocolo correto de vacinação é o único método eficaz de profilaxia.