Uma grande preocupação da atualidade tem sido a contaminação de solos e águas subterrâneas por compostos orgânicos tóxicos. Contaminantes tais como gasolina, diesel e outros produtos químicos, podem ser potenciais poluentes para o meio ambiente, podendo afetar ecossistemas, qualidade da água e a saúde pública. Como alternativa para a problemática, a adsorção é um método de separação e purificação, que possui diversas aplicações, dentre estas no tratamento de efluentes. A utilização de biomassas neste processo tem se tornado comum, por ser uma alternativa de fácil obtenção, baixo custo e alta eficiência no tratamento. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar e comparar a eficiência adsortiva da vagem de algaroba (Prosopis juliflora) com e sem semente, quando empregada na remoção de gasolina presente em corpos d’água, utilizando o sistema de adsorção em leito diferencial. A metodologia utilizada foi proposta por Lima et al. (2014). Inicialmente, houve preparação da biomassa na forma particulada utilizando peneiras Série Tyler. Posteriormente, foram realizados os experimentos para o estudo da cinética de adsorção, em que foram avaliados os tempos de 05 a 60 minutos (com intervalos de 5 minutos) e o equilíbrio de adsorção, cujas concentrações de contaminantes variaram de 5 a 60% (com taxa de variação de 5%). Para o sistema de leito diferencial utilizaram-se concentrações de 5%, 7,5% e 10% de poluente. Os resultados confirmaram que a cinética de adsorção da gasolina foi rápida para a concentração de 5%, na qual ocorreu a remoção total do contaminante aos 25 minutos de contato da biomassa com o contaminante. Para a concentração de 7,5%, houve um volume residual de 3,5 mL aos 40 minutos de contato da biomassa e, para a concentração de 10%, não houve volume residual aos 45 minutos de contato. As isotermas de equilíbrio apresentaram valores de capacidade máxima de adsorção de 8,67 g.g-1 e 14,81 g.g-1 para a biomassa com semente e sem semente, respectivamente. No sistema de leito diferencial para a biomassa com semente, nas concentrações de 5% e 10% ocorreu a remoção total do contaminante. Para a concentração de 7,5% houve um volume residual de 3,5 mL aos 40 minutos de contato da biomassa. No sistema de leito diferencial para a biomassa sem semente, para as concentrações de 5, 7,5 e 10%, ocorreu a remoção total dos contaminantes. Sendo assim, pode-se afirmar que a vagem de algaroba sem semente mostrou ser mais eficiente do que a vagem de algaroba com semente na remoção de gasolina presente em água.