ResumoO presente estudo avaliou a ocorrência da Erliquiose Monocítica Canina e Anaplasmose Trombocitotrópica Canina em 77 cães atendidos no Hospital Veterinário (HOVET) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no ano de 2009, buscando associar à possíveis dados clínicos e hematológicos. Os cães foram avaliados pela amplificação parcial do genes dsb e 16S rRNA de Ehrlichia canis e Anaplasma platys e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para E. canis. DNA de E. canis foi detectado em 18 (23,3%) e de A. platys em 07 (9,1%) cães. Cinquenta e quatro (70,1%) cães foram soropositivos, com títulos variando de 40 a 327.680. Observou-se maior frequência de positivos pela PCR para E. canis nos cães com idade até 12 meses, com anemia, linfopenia e trombocitopenia (P≤ 0,05). Dentre os positivos para A. platys, os cães leucopênicos apresentaram tendência à positividade pela PCR (P=0,07). Segundo os resultados da RIFI, cães apresentando trombocitopenia e hiperproteinemia foram associados a soropositividade (P≤0,05). Dentre os animais positivos pela PCR para E. canis, a linfoadenopatia e alterações pulmonares foram observada em 15 (30,6%) e 4 (57,1%) cães respectivamente (P≤0,05). Outras alterações não apresentaram associação significativa (P>0,05) para E. canis e A. platys. E. canis foi a única espécie de Ehrlichia detectada em cães atendidos no HOVET no ano de 2009, apresentando alta taxa de infecção em cães jovens e estatisticamente associada a cães anêmicos e trombocitopênicos. Por outro lado, A. platys apresentou baixa ocorrência entre os cães analisados. Palavras-chave: Ehrlichia canis, Anaplasma platys, anemia, trombocitopenia, sorologia, PCR
AbstractThe present study evaluated Canine Monocytic Ehrlichiosis and Canine Thrombocytic Anaplasmosis in 77 dogs treated at the Veterinary Hospital (HOVET) of the Federal University of Mato Grosso (UFMT) in