A presente pesquisa tem por objetivo identificar possíveis reflexos psicológicos que se originam na infância e acarretam efeitos danosos para a vida adulta dos sujeitos em decorrência da separação dos pais. A metodologia adotada foi uma revisão integrativa da literatura. O levantamento do estudo foi realizado em bases de dados eletrônicas de periódicos: Biblioteca Virtual de Saúde, Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os seguintes descritores: “divórcio”, “pais” e “psicologia” com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Evidenciou-se que, como resultado do divórcio dos pais, as crianças na primeira infância podem apresentar baixo desempenho acadêmico, baixas habilidades sociais, níveis reduzidos de autoconceito e até dificuldades de ajuste psicológico. Já os adolescentes podem desenvolver mau comportamento, dificuldades de aprendizagem e até insônia. O sentimento de desamparo e culpa nas crianças e adolescentes provocados pela separação de seus genitores, podem desencadear na vida adulta dificuldades de interação social e formação de vínculos. Tendo em vista que o divórcio é um processo doloroso e impactante, conclui-se que o processo de separação deve ser honestamente explicado para as crianças. As relações entre pais e filhos, independentemente do motivo da dissolução conjugal, devem ser mantidas e cabe aos pais criar um ambiente em que os filhos possam se adaptar a uma nova realidade familiar. As mudanças emocionais na vida de uma criança que vivencia o divórcio dos pais podem ser fortes e duradouras, portanto, os casais que enfrentam essa situação devem mitigar as consequências e buscar suporte de amigos e demais familiares para lidarem com a situação. Um suporte de um profissional psicólogo também é essencial nesse momento, pois, ele pode tornar mais fácil para as famílias lidarem com a angústia e as dificuldades geralmente encontradas por todos os envolvidos em uma situação de divórcio.
PALAVRAS-CHAVE: Divórcio. Pais. Psicologia.