Objetivo: Traçar a epidemiologia da morbimortalidade e dos gastos públicos pela Insuficiência Renal no Brasil entre 2014 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, ecológico e descritivo, com base nos dados coletados no Sistema de Informações Hospitalares. Selecionaram-se as variáveis: número de internações, gênero, faixa etária, raça/cor, óbitos, taxa de mortalidade e custos dos serviços hospitalares gastos pela Insuficiência Renal nas regiões do Brasil. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva simples e apresentados por meio de tabelas e gráficos construídos pelo programa Microsoft Office Excel. Resultados: Foram notificados 649.102 casos de internações por Insuficiência Renal. Comparando os anos de estudo, 2019 teve maior número de internações e de óbitos por Insuficiência Renal. Observou-se que, durante o período de 2014 a 2019, houve maior prevalência na região Sudeste (45,68%), no gênero masculino (56,76%), entre 60-69 anos (22,20%) e autodeclarados brancos (36,20%). Registraram-se 82.948 óbitos, dos quais 47,05% ocorreram na região Sudeste, e a mortalidade de 12,78% com maior taxa na região Norte (13,95%). Houve impacto financeiro superior a 1,9 bilhões de reais. Conclusão: Além de interferir na qualidade de vida, alterar a dinâmica familiar e predispor ao óbito, a Insuficiência Renal implica em elevados gastos públicos. É necessário o planejamento de políticas públicas voltadas à prevenção e à promoção em saúde, bem como estratégias que permitam aos usuários acessibilidade aos tratamentos.