Febre amarela: surtos recorrentes na região sudeste do Brasil, 2016 – 2020

Abstract

Este artigo de revisão tem como objetivo analisar estudos que abordam sobre a febre amarela na região sudeste, uma vez que foi observado uma alta reincidência dessa antiga doença na atualidade, a partir do ciclo silvestre dessa virose, que é transmitido por mosquitos como o Haemagogus e Sabethes. Foram utilizados estudos de bases de dados como Google acadêmico, PUBMED, SciELO, livros e portais. Além disso, os critérios de inclusão foram publicações feitas nos últimos 5 anos que se tratam das características da doença ou que analisavam os surtos periódicos ocorridos no sudeste brasileiro, como o de 2016/2017, que foi um grande surto de febre amarela no Brasil, em que uma possível causa foi a negligência governamental, uma vez que antes de 2017 a vacina era disponibilizada apenas para pessoas residentes ou visitantes de regiões endêmicas, como o território amazônico. Desse modo, foi observado que a febre amarela apesar de ser uma doença enzoótica (presente em determinadas localidades), provavelmente migrou para o sudeste a partir da região centro-oeste, uma vez que esta faz divisa com as duas áreas e por isso merece uma atenção redobrada da vigilância de saúde, pois assim é possível evitar possíveis surtos.

Impacto da pandemia da COVID-19 sobre as notificações das Doenças Febris Agudas em um Hospital de Referência em Infectologia em Goiás

“…Em 2020, o Ministério da Saúde ampliou o esquema vacinal para Febre Amarela no calendário nacional de vacinação da criança, ofertando uma dose de reforço aos 4 anos de idade, pois estudos demonstraram diminuição na resposta imunológica da criança vacinada com uma única dose aos 9 meses (Brasil, 2020). A vacina contra a Febre Amarela está presente no calendário anual de vacinação, tornando a incidência da doença cada vez menor (Gomes et al, 2021). Research, Society andDevelopment, v. 12, n. 4, e7412440929, 2023 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40929 O estudo de Farias et al (2019), realizado no Norte de Minas Gerais, constatou que os casos de LVH foram mais frequentes em crianças menores de 10 anos (40,69%) com maior distribuição em crianças de 1 a 4 anos de idade (25,00%), predominância do sexo masculino e da população urbana.…”

Febre Amarela: Perfil Epidemiológico E Áreas De Atenção No Rio De Janeiro, 2017 a 2018.

“…Isso se tornou ainda mais preocupante devido à reemergência do vírus na região Centro Oeste desde 2014 e com o surto da doença iniciado em 2017, que atingiu localidades onde a doença não era registrada com tantos casos, como ocorreu no estado do Rio de Janeiro (GOMES et al, 2021).…”