RESUMOA Febre reumática é uma doença inflamatória cujo agente etiológico Estreptococos βhemolítico do Grupo A, é comum em crianças e adolescentes que possuem suscetibilidade genética. As sequelas da Febre reumática (FR), perduram por toda vida, à exemplo da cardite. O estudo tem por objetivo revisar as estratégias de prevenção atualmente utilizadas na doença. Realizou-se uma revisão narrativa, utilizando as bases de dados do MEDLINE/PubMed ® , SciELO e EBSCOH. Após a leitura dos resumos ou texto completo, foram selecionadas 14 publicações. Também foram utilizadas informações da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Considerando que a FR pode advir de uma faringoamigdalite estreptocócica, torna-se necessário iniciar a profilaxia primária para impedir sua evolução, por meio do uso da Penicilina G Benzatina por via IM. Como profilaxia secundária, ou seja, quando o paciente já possui a doença, é vital impedir que haja colonização pelo agente etiológico, trazendo recidivas ou mesmo agravamento das lesões cardíacas. Outro aspecto relevante é a baixa adesão de uma parcela dos pacientes devido ao tratamento ser doloroso. Portanto, é preciso acompanhar e incentivar a profilaxia, lembrando de sua importância ímpar na doença e estar atento às condições socioeconômicas do paciente, as quais se influenciam diretamente no contágio. Atualmente, uma forma de prevenção promissora, se relaciona com o desenvolvimento e validação de uma vacina pela Universidade de São Paulo (USP), a qual encontra-se em fase pré-clínica. No entanto, há que se considerar a dificuldade em sua produção, haja vista que o Streptococcus pyogenes possui mais de 250 cepas. A FR é uma patologia de caráter multissistêmico e que ainda representa um grave problema de saúde pública. Apesar do potencial dano permanente da FR no organismo, a doença é passível de prevenção.