Objetivo: Conhecer os determinantes das escolhas alimentares entre as beneficiárias do Programa Bolsa Família em um município do interior da Bahia. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com mulheres adultas titulares do Programa. Foram realizadas entrevistas para a aplicação do questionário de marcadores de consumo alimentar, da ficha de cadastro e acompanhamento nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, e do questionário sobre motivo das escolhas alimentares. Resultados: Foram avaliadas 40 mulheres, todas consideradas de baixa renda, pretas e pardas (90%), com idade entre 20 e 39 anos (57,5%) e escolaridade superior a quatro anos de estudos (62,5%). Observaram-se maior consumo de feijão, frutas e bebidas adoçadas, e baixa ingestão de verduras e alimentos ultraprocessados. Os motivos das escolhas alimentares com maior grau de importância foram o apelo sensorial, a saúde e o preço dos alimentos; aqueles com menor relevância foram conveniência e humor. Conclusão: Um conjunto de determinantes é responsável pelas escolhas alimentares: alguns relacionados ao alimento, outros vinculados ao indivíduo e aqueles ainda referentes aos aspectos sociais, culturais, éticos, entre outros. Assim, conhecer os principais determinantes torna-se essencial para a compreensão do consumo alimentar das beneficiárias do Bolsa Família e as repercussões sobre o estado nutricional, auxiliando nutricionistas, demais profissionais de saúde e gestores públicos na adoção de estratégias que promovam a Segurança Alimentar e Nutricional das famílias de baixa renda.DOI: 10.12957/demetra.2020.43568