Fenofases reprodutivas em uma população de mandacaru (Cereus jamacaru) e facheiro (Pilosocereus pachycladus subsp. pernambucensis) (Cactaceae)

Abstract

Fenofases reprodutivas em uma população de mandacaru (Cereus jamacaru) e facheiro (Pilosocereus pachycladus subsp. pernambucensis) (Cactaceae) Reproductive phenophases in a population of mandacaru (Cereus jamacaru) and facheiro (Pilosocereus pachycladus subsp. pernambucensis) (Cactaceae)

Resposta germinativa de sementes de cactáceas colunares sob diferentes regimes de temperatura e de potencial hídrico

“…Para o mandacaru (Figura 2B), os potenciais hídricos que proporcionaram essa redução foram -0,40 e -0,36 MPa nas temperaturas de 25 e 30 °C, respectivamente. Apesar de alguns estudos reportarem as temperaturas de 25 e 30 °C como ótimas para a germinação dessas duas espécies de cactáceas [9], as sementes de P. pachycladus utilizadas nesta pesquisa obtiveram melhores desempenhos germinativos na temperatura de 25 °C, independente do potencial hídrico avaliado (Figura 2A). Esse comportamento verificado nas sementes de facheiro pode estar associado às características genéticas da espécie e aos fatores climáticos da área de procedência dessas sementes, visto que há relação entre a temperatura ótima de germinação e o ecossistema de ocorrência da espécie, partindo do princípio de que a temperatura ótima para a germinação é resultado da adaptação fisiológica das sementes às condições ambientais do local onde elas foram produzidas [34].…”

“…No Agreste Paraibano foram encontradas populações naturais dessas duas espécies, cujas fenofases reprodutivas são sazonais (mandacaru) e perenes (facheiro), com pico nos meses de maior e menor precipitação pluviométrica, respectivamente [9]. Os solos onde estas populações ocorrem e coexistem apresentam restrições hídricas e elevada amplitude térmica, o que limita o estabelecimento de algumas plantas, fazendo com que algumas espécies, a exemplo do mandacaru, apresentem recrutamento de plântulas no início da estação chuvosa, período em que as temperaturas são amenas [10].…”

Germinação de sementes de cereus jamacaru dc. Subsp. Jamacaru oriundas do curimataú oriental paraíbano submetidas a diferentes temperaturas

“…É considerada uma subespécie endêmica do Brasil, tendo incidência no Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) e no Norte (Tocantins) (ZAPPI & TAYLOR, 2022). Esta família possui características adaptativas à vegetação do semiárido, habitando em condições edafoclimáticas caracterizadas por elevadas temperaturas, precipitações pluviométricas irregulares, baixa fertilidade natural do solo (SILVA et al, 2012), áreas de clima seco e solos rasos (COSTA et al, 2020).…”

“…Seus frutos são grandes, avermelhados com polpa branca provida de muitas sementes insípidas, porém, comestíveis. Oliveira et al (2020), destacam que os frutos de mandacaru são deiscentes e praticamente consumidos pela fauna em pequeno intervalo de tempo, além da frutificação ocorrer uma vez no ano, sendo sazonal.…”

“…Esta família demonstra notáveis características adaptativas à vegetação do semiárido, habitando em condições edafoclimáticas específicas, marcadas por elevadas temperaturas, precipitações pluviométricas irregulares, baixa fertilidade natural do solo (SILVA et al, 2012), além de ocupar áreas de clima seco e solos rasos (COSTA et al, 2020). Essa espécie é predominantemente encontrada nos estados do Nordeste Brasileiro (CAMARA & OLIVEIRA, 2020), região integrante do Semiárido, caracterizada por um clima quente e seco, com pouca ocorrência de chuvas (SILVA, 2019).…”