Objetivou-se com esta revisão realizar um levantamento sobre a cercosporiose do quiabeiro, enfocando os aspectos mais relevantes para a doença no Brasil: características micromorfológicas do patógeno, sintomatologia, epidemiologia e controle da doença. Resumidamente, P. abelmoschi e Cercospora (C. hibiscina e C. malayensis) podem ser diferenciados baseando-se nas características dos conidióforos, enquanto C. malayensis e C. hibiscina são diferenciados pelo comprimento dos conidióforos e conídios. No Brasil, a cercosporiose está frequentemente associada às espécies C. malayensis e C. hibiscina, em que C. malayensis é uma espécie menos agressiva, causando manchas foliares escuras e arredondadas e, por outro lado, C. hibiscina é mais agressiva, causando manchas foliares escuras, irregulares e maiores que a anterior. O controle da cercosporiose na cultura do quiabeiro é baseado em práticas culturais e controle químico, pois não existe o controle varietal.