O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória autoimune crônica, ocasionada pela produção de autoanticorpos, com períodos alternados de remissão e atividade. Na idade adulta é mais prevalente no sexo feminino e está relacionada a fatores genéticos, como a deficiência de C1q, C1r, C1s, C4, C2 e C3 na cascata do complemento, a deficiência do receptor FC de imunoglobulinas, a existência de DR3 e HLA-DR2 e também mecanismos que fazem com que aconteça uma exacerbação da imunidade inata. Assim como fatores ambientais como hormônios, raios ultravioletas, sílica e entre outros. Esses agentes fazem com que ocorra uma produção anormal de linfócitos T, responsáveis pelo controle da autoimunidade. Esses autoanticorpos atacam proteínas próprias do organismo, causando inflamação em vários órgãos. A apresentação clínica pode ser cutânea (manchas na pele) ou sistêmica, sendo o envolvimento articular a manifestação clínica mais frequente. Pode apresentar também, fadiga, eritema malar, placas eritematosas, alopecia, pericardite, pneumonite, síndrome nefrítica lúpica e outros achados clínicos. Por ser uma doença complexa, seu diagnóstico é multifatorial, sendo necessário 4 dos 11 critérios propostos pela American College of Rheumatology (ACR), entre eles, se observa apresentações clínicas (rash malar, rash discóide, artrite e úlcera oral), presença de autoanticorpos (anti-DNA nativo, FAN, anticardiolipina IgM e IgG, anti-Sm, anticoagulante lúpico, anti-La/SSB, anti-RNP e anti-Ro/SSA), avaliação de exames laboratoriais como VHS, PCR, hemograma, exame de urina e avaliação de alterações neurológicas. O tratamento é individual e feito de acordo com a gravidade de cada caso.