O artigo toma a paródia audiovisual, forma emergente da complexa ecologia audiovisual que marca nossa experiência com a música nas ambiências digitais, como vetor do debate sobre a força transcultural do pop, a partir do que caracteriza como poética do armengue. Para isso, apresenta análise de quatro paródias difundidas nos canais do YouTube das webcelebridades Saullo Berck e Fundo de Quintal OFC e seus respectivos comentários e postagens no Twitter e no Instagram. A abordagem teórico-metodológica se pauta em articulações entre as noções de performance e transculturação, de Diana Taylor, audiovisual em rede, de Juliana Gutmann, e palimpsesto e o Mapa das Mutações Culturais, de Jesús Martín-Barbero.