Este estudo analisa em que medida, os recursos destinados à saúde pública nos 80 maiores municípios brasileiros são utilizados de modo eficiente. Trata-se de uma pesquisa que se baseia na busca pela eficiência governamental, advinda com o gerencialismo aplicado ao setor público. Nesse sentido, supõe-se que as instituições públicas precisam gerir seus recursos com economia, mantendo ou ampliando a qualidade dos serviços prestados. A investigação se concentra em 76 cidades com dados entre 2013 a 2017 e mensurou a eficiência por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA). Foram considerados os gastos de saúde (inputs) e outras 6 variáveis de saída (outputs), sendo elas: autorização de internação hospitalar, óbitos, dias de permanência, valor médio das internações, valor dos serviços hospitalares e dias de internações. A modelagem DEA foi desenvolvida com a orientação a insumo pelo modelo BCC (retornos variáveis de escala). Os resultados do estudo demonstram que os municípios mais eficientes se concentram nas regiões sul e sudeste. Contudo, o principal achado demonstra que somente o aumento de despesas com saúde não corresponde a serviços mais eficientes. Os dados demonstram que a eficiência obtida está relacionada com a boa gestão dos recursos públicos e não necessariamente com o volume de recursos envolvidos. Acentue-se ainda que os gestores públicos podem utilizar os municípios elencados no resultado como benchmarking do modelo, de modo a potencializar os indicadores e aprimorar a gestão dos recursos públicos. Ademais, o estudo apresenta avanço da teoria em administração e contabilidade pública para a gestão social na área da saúde.