“…As mães tendem a apresentar mais dificuldades de ajustamento individual (Beckman, 1991;Fonseca, Nazaré, & Canavarro, 2012;Hastings et al, 2005;Lawoko & Soares, 2006;Olsson & Hwang, 2001;Weinhouse, Weinhouse, & Nelson, 1992) do que os pais. Este aspeto tem sido explicado pelo facto de as mães assumirem a maior parte da prestação de cuidados à criança (Moes, Koegel, Schreibman, & Loos, 1992), enquanto os pais manifestam uma maior preocupação com o futuro da criança, com os estigmas da deficiência (Batshaw & Perret, 1990), e parecem assumir, desde o nascimento do bebé, a responsabilidade pelo sustento financeiro da família (Katz-Wise, Priess, & Hyde, 2010). Mais recentemente alguns autores têm salientado a existência de interdependência diádica no âmbito da parentalidade em geral, destacando como os atributos e comportamentos de um membro da díade poderão influenciar a adaptação do outro (Campbell & Kashy, 2002).…”