Ao definir as suas normas de controle interno, as organizações procuram estabelecer as regras e condutas que deverão orientar a relação comercial com seus clientes. Tais regras, em teoria, deveriam ser observadas e obedecidas pelos funcionários da instituição que as definiu a fim de assegurar a validade jurídica das transações efetivadas, garantir a clareza nos pactos firmados, e evitar prejuízos de qualquer natureza. Este trabalho teve por objetivo analisar se relações pessoais eventualmente mantidas entre funcionários e clientes das cinco maiores instituições financeiras do país provocam conflitos de interesses capazes de ocasionar o descumprimento destes normativos institucionais e expor a organização a toda sorte de riscos. Para isto, a estratégia metodológica definida foi a aplicação de questionário com os funcionários de dez sucursais bancárias situadas na Capital Pernambucana e também na Região Metropolitana de Recife. Os dados obtidos sugerem que o relacionamento pessoal entre clientes e funcionários das agências existe e, efetivamente, leva estes últimos desobedecer aos controles internos, assumindo riscos que excedem os limites de tolerância determinados pela organização.