Governança corporativa e desempenho das empresas diante da crise econômica global de 2008: uma análise de dados em painel

Abstract

The recent literature on corporate governance (CG) suggests that in addition to the micro and macroeconomic causes for the crisis, serious flaws in the structures of public and private governance contributed to the worsening of the global economic crisis of 2008. Given this scenario, the present research sought to advance in the understanding of the relationship between CG, performance and recessions. The objective was to verify the influence of the quality of the CG in the performance of Brazilian companies listed on Bovespa BMF in the context of the global economic crisis of 2008. The indicators of performance and corporate governance defined by the theoretical basis were calculated, the behavior of the variables suffered an exploratory analysis from descriptive statistics and an econometric data panel model was used to test the hypothesis. As a main result, this research found that the performance measured by return on assets (ROA) is explained by the quality of corporate governance. The relationship proved to be statistically significant and negative. Was registered a gradual growth of the quality of corporate governance. The behavior of the performance variable, between January 2004 and December 2012, demonstrates clearly the collapse caused in the results of companies with the outbreak of the global economic crisis in 2008. There is evidence that the results at the end of the period of the survey remained distant from the levels observed prior to the crisis. The relationship between the quality of corporate governance in the pre-crisis period and performance proved to be statistically significant and positive.

Governança corporativa, desempenho e crises: uma revisão sistemática da literatura

“…Joh (2003), que analisou o desempenho de empresas coreanas, no período pré-crise asiática de 1997, concluiu que firmas com alta disparidade entre direitos de controle e propriedade apresentassem baixa lucratividade, já que quando um grupo empresarial transferia recursos de uma subsidiária para outra, eles eram frequentemente desperdiçados. Erkens et al (2012) (Maranho, Fonseca, & Frega, 2016;Peixoto et al, 2014). Contudo, em sua maioria, abarcam apenas a crise do subprime, deixando de lado períodos em que o Brasil também passa por crises internas.…”

Gestão da sustentabilidade das empresas de suco de laranja do Brasil: aplicação do modelo ESG

“…Nos anos posteriores às grandes crises financeiras, especialmente a ocorrida em 2008, a sigla ESG (do inglês Environmental, Social e Governance) ou ASG (Ambiental, Social e Governança) ganhou destaque para as responsabilidades socioambientais. Isso porque foi constatado que os controles de governança corporativa existentes na época não eram adequados para as práticas existentes nos mercados (MARANHO;FONSECA;FREGA, 2016). Desta forma, o conceito do ESG trouxe, além das questões ambientais e sociais, a governança corporativa, que considera além do aspecto comercial, a transparência no meio corporativo e o combate à corrupção (COSTA; FEREZIN, 2021).…”