“…A redução da força de trabalho nessa ocupação está associada a diversos fatores, como dinâmica econômica e produtiva das regiões (Rosário et al, 2011), técnicas poupadoras de mão de obra (Orlandi et al, 2011;Santos Júnior, 2012;Bastos, 2019), intensificação e modernização da mecanização da lavoura canavieira (Moraes, 2007b;Baccarin et al, 2008;Abreu et al, 2008;Liboni, 2009;Orlandi et al, 2011;Santos Júnior, 2012;Ferreira Filho, 2013;Moraes et al, 2015); proibição da queima da cana-de-açúcar como método de despalha (Moraes, 2007b;Liboni, 2009); aplicação da legislação trabalhista com a imposição do teto mínimo (salário mínimo) para o trabalhador formal (Moraes, 2007b;Orlandi et al, 2011). Assim como a dinâmica econômica, outros fatores podem influenciar os dados expostos pela Figura 1, como diferentes custos de vida (Menezes & Azzoni, 2006;Almeida & Azzoni, 2016; Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, 2021), distintos perfis tecnológicos e estruturas produtivas entre as regiões (Moraes, 2007b;Baccarin et al, 2008;Abreu et al, 2008;Liboni, 2009;Orlandi et al, 2011;Santos Júnior, 2012;Ferreira Filho, 2013;Moraes et al, 2015), da mesma maneira que a circulação/migração da população ocupada no cultivo (Fernandes et al, 2013;Feltre & Perosa, 2020). A condição da migração pode ser resultante da sazonalidade da cultura (Fernandes et al, 2013), existência de duas safras por ano e de condições insuficientes que garantam a sobrevivência e a permanência do trabalhador em sua região de origem (Santos Júnior, 2012).…”