2015
DOI: 10.1590/0102-4698132765
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Gritos Sem Palavras: Resistências Das Crianças Pequenininhas Negras Frente Ao Racismo

Abstract: RESUMO: O presente artigo tem como objetivo compreender a partir dos pressupostos teóricos da Sociologia da Infância e dos estudos das Ciências Sociais, relacionados às relações raciais no Brasil, a violência do processo de racialização sobre a construção das culturas infantis. Trata-se de uma pesquisa com uma abordagem etnográfica realizada com crianças pequenininhas de três anos, em um Centro de Educação Infantil da região metropolitana de Campinas. Os resultados apontam que na instituição investigada existe… Show more

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“…Contudo, as questões relativas ao racismo e à raça são resíduos arcaicos e anacrônicos de uma narração colonial da história pautada numa lógica eurocentrada de expropriação e opressão de determinados grupos com base na desumanização do outro. Assim, as intersecções existentes entre as relações de gênero, raciais, de classe e etárias são estruturantes da dinâmica capitalista e permanecem nas suas configurações, construindo relações sociais e localizando os sujeitos na sociedade (SAFFIOTI, 1997;CRENSHAW, 2002;SANTIAGO, 2015).…”
Section: Masculinounclassified
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“…Contudo, as questões relativas ao racismo e à raça são resíduos arcaicos e anacrônicos de uma narração colonial da história pautada numa lógica eurocentrada de expropriação e opressão de determinados grupos com base na desumanização do outro. Assim, as intersecções existentes entre as relações de gênero, raciais, de classe e etárias são estruturantes da dinâmica capitalista e permanecem nas suas configurações, construindo relações sociais e localizando os sujeitos na sociedade (SAFFIOTI, 1997;CRENSHAW, 2002;SANTIAGO, 2015).…”
Section: Masculinounclassified
“…Cabe urgente falar em interseccionalidade entre raça/etnia, classes sociais, gênero e idade. (SANTIAGO;FARIA, 2018, p. 261).…”
Section: Introdução: Intersecção E Infânciasunclassified
“…Por meio de diferentes movimentos de choque com o poder, os meninos negros e as meninas negras inauguram novos sentidos e "rabiscam" suas configurações corpóreas, lançando-se para o inesperado, resistindo, de modo a criar uma nova possibilidade de existência, fora de si, além do racismo. Os choros, as rebeldias são algumas das formas de uma guerrilha a favor da vida; transmutações concretas de resistência pela não pasteurização dos sujeitos (SANTIAGO, 2015).…”
Section: P92unclassified
“…Em sua tese,Souza (2015) aborda o contexto vivido por crianças quilombolas, discorrendo sobre as experiências infantis construídas em torno do seu território específico. No que tange às dissertações,Santiago (2015) explicita diferentes processos de racialização vividos na creche por crianças negras bem pequenas, eBraga (2016) analisa como o cabelo crespo se torna um marcador de identidade étnica-racial das crianças negras.…”
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