As hemorragias digestivas estão entre as urgências mais frequentes em serviços de saúde brasileiros, com necessidade de hospitalização numa elevada percentagem dos doentes, sendo as hemorragias digestivas altas mais prevalentes que as hemorragias digestivas baixas. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada a partir da análise de artigos científicos com buscas baseadas em evidências e a utilização da estratégia do acrônimo PICO. O objetivo é avaliar, através de revisão integrativa, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hemorragia digestiva alta e a formas de profilaxia primária do sangramento. Após cruzamento dos descritores nas bases de dados e filtragem a partir dos critérios de inclusão e de exclusão, 6 estudos foram selecionados para comporem a amostra final. Os estudos reafirmam o que já é evidenciado na literatura, reafirmando como principais fatores de risco para o desenvolvimento da HDA: úlcera péptica, varizes esofágicas, cirrose hepática, uso de medicamentos agressores da mucosa gástrica como os anti-inflamatórios não esteróides, infecção por H. Pylori, sexo masculino, idade avançada, insuficiência renal e estilos de vida não saudáveis. Contudo, tais fatores de risco não são de domínio público no que tange a compreensão do que causam seus desenvolvimentos e quais riscos trazem à saúde. Faz-se necessário por parte dos profissionais em saúde maior dedicação à educação em saúde, principalmente no âmbito da baixa complexidade e atenção primária, promovendo a difusão de conhecimentos que proporcionem alicerce para o autocuidado.