Apesar da importância econômica a nível mundial da cultura do feijão, grande parte de seu cultivo ocorre em condições de ambiente que apresentam algum tipo de estresse. Com base nisso, programas de melhoramento genético tem direcionado esforços para o desenvolvimento de genótipos com caracteres adaptativos, dentre eles o sistema radicular. Porém, a quantidade de plantas de feijão necessárias para a avaliação deste caráter a campo ainda não foi claramente definida. Desse modo, o objetivo do trabalho foi mensurar a quantidade de plantas necessárias para fenotipagem do caráter distribuição radicular de populações segregantes de feijão. Para tanto, foram executadas hibridações entre os genótipos BAF07 e BAF50, visando obter populações segregantes. O delineamento experimental utilizado foi blocos completos com duas repetições. Os fatores experimentais foram formados por dois genótipos de feijão (gerações segregantes F2 e F5, advindas da hibridação BAF07 x BAF50) e quantidade de plantas avaliadas por unidade experimental (duas, quatro, seis e oitos plantas), caracterizando um experimento fatorial 2 x 4. A fenotipagem do sistema radicular foi realizada de acordo com a metodologia de Bohm, com adaptações. A análise de variância não indicou significância para os fatores geração, quantidade de trincheiras executadas e para a interação geração*quantidade de trincheiras. A igualdade de desempenho médio para o caráter distribuição radicular observado para as duas gerações com distintos graus de homozigose é uma informação de extrema importância em programas de melhoramento genético de feijão. A partir desta informação, o melhorista de plantas pode definir a quantidade de plantas a serem avaliadas, mantendo a representatividade dos genótipos utilizados no programa de melhoramento. Além disso, a fenotipagem a campo pode ser otimizada, equilibrando os recursos financeiros e de mão-de-obra disponíveis.