Contexto: O Sul do Amazonas é caracterizado como uma área endêmica para a malária, isto significa que a doença ocorre de forma regular nesta região, principalmente com o avanço do desmatamento oriundo do avanço das frentes pioneiras, ocasionando aumento dos casos de malária entre os anos de 2019 e 2022. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar esse aumento a partir das taxas de desmatamento e das frentes pioneiras ativas no âmbito de uma investigação histórica e atual. Desenvolvimento: Para realizar este levantamento foram utilizadas fontes bibliográficas para sistematização de uma revisão dos estudos e dados disponíveis para compreender a incidência dos casos de malária nessas regiões, bem como um trabalho em campo de cunho exploratório realizado em setembro de 2022 entre os municípios de Lábrea, Humaitá (distrito de Realidade) e Apuí e também uma viagem realizada pela rodovia Manaus-Porto Velho em julho de 2023. Além disso, foram trabalhados dados públicos do Portal da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas). Resultados: Destaca-se que um dos desdobramentos do avanço das frentes pioneiras na Amazônia é o aumento dos casos de malária, haja visto que o desmatamento e a ocupação de áreas florestais, impulsionada por atividades como na mineração e agropecuária alteram o ecossistema, criando condições que facilitam a proliferação de mosquitos transmissores da malária.