“…O objeto que nos concentra é parte disso mas com uma perspetiva distinta. Parto do enquadramento histórico (Rubião, 2013;Dréze e Debele, 1983;Neto, 1999), da legislação (Amaral, Tavares e Santos, 2012;Magalhães e Amaral, 2007;Amaral, 2003;Barrias, 2013), das transformações organizacionais (Oliveira, Peixoto e Silva, 2014;1 As reflexões a que este texto dá corpo têm origem numa pesquisa desenvolvida entre setembro de 2014 e junho de 2015 sobre as transformações e disputas nas universidades portuguesas entre 1988 e 2015. Barrias, 2013) e das práticas políticas (Santos e Filho, 2008;Drago, 2005; Cabrito e Jacob, 2011) para desenvolver um quadro interpretativo da universidade enquanto campo, isto é, enquanto subconjunto relacional do espaço social, estruturado através de posições e disposições, onde os agentes lutam pela posse e o reconhecimento de um ou mais capitais, e que, tendo características próprias e uma autonomia relativa, funciona como um terreno de jogo, que se interseta com campos distintos, e onde os agentes disputam posições, significados e poder (Bourdieu, 1984a;1984b;1989;1992;2001;.…”