Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e comorbidade em idosos: um estudo transversal

Abstract

INTRODUÇÃO: Mecanismos fisiológicos do envelhecimento estão associados ao surgimento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) em idosos. As repercussões sistêmicas da HAS favorecem o surgimento de doenças cardiovasculares, neurológicas e endócrinas em idosos. Contudo, a associação da HAS com o maior número de doenças em idosos e consumo de medicamentos ainda precisa de respaldo científico. OBJETIVO: Verificar a quantidade de doenças diagnosticadas em idosos hipertensos e não hipertensos. MÉTODOS: Estudo transversal de dados secundários dos prontuários de idosos com cadastro ativo no Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (CREASI) em Salvador, Bahia no período de setembro de 2018 até julho de 2019. Dos 3.158 prontuários, foram identificados 2.122 idosos com diagnóstico de HAS. A coleta foi realizada por 13 pesquisadores assistentes que capturam os dados da primeira avaliação. Os dados foram analisados descritivamente com suas medidas de tendência central e de dispersão. RESULTADO: Idosos hipertensos apresentaram maior faixa etária e maior consumo de medicamento, mas o impacto da funcionalidade foi afetado no aumento do risco de quedas nestes indivíduos. CONCLUSÃO: A HAS está associada ao maior número de doenças cardiovasculares, neurológicas e endócrinas, ocasionado repercussões na vida deste idoso como maior consumo de medicamento e aumento do risco de quedas.

Tratamento não farmacológico da Hipertensão Arterial em pacientes atendidos na Atenção Primária da cidade de Imperatriz-MA

“…Ao se avaliar o perfil patológico dos pacientes, no que diz respeito a doenças crônicas, notou-se um grande número de DM e transtornos psicológicos. A HAS está associada ao maior número de doenças cardiovasculares, neurológicas e endócrinas (Miranda, et al, 2020). Em estudo realizado por Maruyama e Ferreira (2020), em estudo que objetivou descrever indicadores de saúde mental em idosos frequentadores de um grupo de Hipertensão e Diabete, observaram que 41,7% apresentaram sintomas depressivos, 10% solidão moderada ou intensa e níveis medianos de bem-estar subjetivo e atividades prazerosas.…”

Nurse’s Role in the Control of Arterial Hypertension and Morbimortality Factors in the Elderly

“…O acometimento patológico e o crescimento do número de pessoas idosas com HA estão intrinsecamente relacionados ao processo de senescência, fato este que, favorece o desencadeamento do processo que ocasiona alterações morfológicas, psicológicas, funcionais ou biológicas no organismo, resultando no declínio da capacidade funcional e desenvolvimento de doenças e elevando o número de óbitos em detrimento de doenças de âmbito circulatório, tais como: acidente vascular cerebral doença arterial coronariana, doença arterial periférica, infarto agudo do miocárdio, doença renal (Francisco et al, 2018;Miranda et al, 2020;Cerqueira da Silva et al, 2020;Rocha et al, 2021).…”

“…O Guia Alimentar para a população Brasileira confere um conjunto de ações que possuem propósito de aprimorar os hábitos de alimentação da população, favorecendo a promoção da saúde (Aguiar et al, 2018;Sousa et al, 2018). O Programa Academia da Saúde visa fortalecer a prática de exercícios físicos (Aguiar et al, 2018;Brito et al, 2019), para a população acometida com esta e outras DCNT , como alternativa para a população que quando trabalhada em conjunto com a mudança dos hábitos alimentares (redução do consumo de sal), (Barbosa et al, 2019) , eliminação do uso do tabaco (Miranda et al, 2020), permite que tenhamos resposta e evidências mais rápidas no controle de peso e redução da obesidade. Pereira corrobora ressaltando que a prática regular de atividade física desencadeia efeitos positivos sobre a qualidade de vida (Portela Pereira et al, 2019).…”

“…As não-farmacológicas permitem aos pacientes acometidos a redução da medicação anti-hipertensiva e retardam a progressão da doença e quando utilizadas corretamente e concomitantemente reduzem drasticamente a ocorrência dos eventos cardiovasculares. O uso da terapia medicamentosa quando adotada corretamente repercute na melhora dos níveis pressóricos bem como reflexo do sucesso da terapia instituída pela equipe de saúde (Novello et al, 2017;Brito et al, 2019;Oliveira et al, 2020;Miranda et al, 2020;Tam et al, 2020).…”