No presente artigo procurou-se compreender as principais mudanças nos modos de viver dos seringueiros de Xapuri, no estado do Acre, no período de 1988 a 2012, sob a ótica da experiência vivida e narrada pelos próprios sujeitos da ação histórica. A ideia básica foi produzir conhecimentos de forma partilhada com os residentes da área pesquisada. Para isso, foram utilizadas estratégias metodológicas de história oral. A possibilidade do desaparecimento dos seringueiros enquanto categoria social, deixando o território limpo para uma provável exploração dos recursos naturais em um futuro não muito distante, constitui-se uma das principais conclusões. O artigo problematiza também as percepções dos seringueiros com relação ao manejo madeireiro, realizado em áreas de florestas protegidas, além de mudanças em seus modos de vida.