Este artigo analisa a dimensão formativa de caráter político-educativo que emergiu a partir da experiência de estudantes que ocuparam escolas públicas em Uberlândia (MG), no ano de 2016. Evidenciamos, a partir da história oral, as formas como a organização individual e coletiva foram interpretadas no contexto da totalidade social. Em virtude do momento da produção das entrevistas e da não completude da própria pesquisa, focaremos, com mais precisão, em consciências reveladas durantes os atos de protestos e as relações com as instituições de ensino. Desse modo, apresentamos como ocorreu o movimento de ocupação e contra ocupação das escolas e o processo educativo vivido pelos ocupantes, que a partir da ação direta promoveram um processo de penetração e compreensão das estruturas sociais.
O presente artigo aborda as relações de trabalho vividas por jovens de uma ocupação urbana em Uberlândia – MG. Assim, apresentamos – por meio da história oral como uma metodologia de pesquisa que permite adentrar na experiência social – os limites objetivos e as pressões sociais, morais e culturais que as relações de trabalho exercem sobre esses jovens. Como determinações estruturantes da vida social, o artigo apresenta o trabalho com as relações de moradia, reprodução do núcleo familiar, sociabilidade e estilo. Em seguida, aborda-se as relações de classe, expectativas e as pressões morais em torno do trabalho, perpassando pelas dimensões da educação formal e ascensão social, assim como a noção de trabalhador em contraponto a visão de criminosos e invasores de propriedade que as condições de periferia e ocupação respectivamente impõem.
http://dx.doi.org/10.5007/1980-3532.2016n15p37O presente artigo tem por objetivo analisar a sociabilidade juvenil criada e vivenciada por jovens da ocupação urbana Elisson Prieto em Uberlândia –MG. Por meio de uma pesquisa do tipo survey buscamos compreender as experiências dos jovens, com foco na sociabilidade em torno do lazer e da rua. Partimos da hipótese que os jovens, mesmo com sua condição juvenil limitada pelas relações de classe, criam espaços de sociabilidade em torno da rua, como formas de resistência, que afirmam a sua condição juvenil interrompida. Dessa forma, criam-se culturas que emergem, ao mesmo tempo sendo incorporadas e criando contra-hegemonias que contribuem na constituição dos jovens enquanto sujeitos.
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