Experiências de trabalhadores em ocupações urbanas em Uberlândia (MG)Workers' experiences on urban occupations in Uberlândia (MG) http://dx.doi.org/10.5007/2178-4582.2015v49n2p163
Denise Nunes De Sordi e Sérgio Paulo Morais Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia/MG, BrasilEste artigo busca explicitar os modos como os trabalhadores, que ocuparam terras para a construção de moradias em Uberlândia (MG), entre os anos de 2000 a 2012, experimentaram condições e relações produtivas. Discutimos certas interpretações sobre a "luta pela cidade", a "luta pela reforma urbana", a "luta", as "melhores condições de vida" ou "única alternativa de vida" que buscam explicar a ação direta dos trabalhadores(as). A partir de dimensões estabelecidas entre a moradia, o trabalho e a luta, localizamos os sujeitos enquanto agentes nas formas como lidam com suas experiências e elaboram discursos sobre seu próprio entendimento acerca dos sentidos de economia, política, comunidade e justiça.
Um trabalho como este é sempre um trabalho produzido por muitas vozes e mãos. Seria impossível ter chegado aqui sem o apoio e ajuda de algumas pessoas às quais quero agradecer. Antes, gostaria de registrar um agradecimento especial ao meu orientador Prof. Dr. Sérgio Paulo Morais, muito obrigada por tudo.Prof. Dra. Célia Rocha Calvo e Prof. Dr. Renato Jales Silva Júnior, obrigada por suas contribuições durante a banca de qualificação dessa pesquisa, elas foram muito importantes para amadurecer esse texto em muitos pontos. Obrigada também pelo aceite para compor a banca de defesa.
Este artigo analisa a dimensão formativa de caráter político-educativo que emergiu a partir da experiência de estudantes que ocuparam escolas públicas em Uberlândia (MG), no ano de 2016. Evidenciamos, a partir da história oral, as formas como a organização individual e coletiva foram interpretadas no contexto da totalidade social. Em virtude do momento da produção das entrevistas e da não completude da própria pesquisa, focaremos, com mais precisão, em consciências reveladas durantes os atos de protestos e as relações com as instituições de ensino. Desse modo, apresentamos como ocorreu o movimento de ocupação e contra ocupação das escolas e o processo educativo vivido pelos ocupantes, que a partir da ação direta promoveram um processo de penetração e compreensão das estruturas sociais.
Neste artigo, analiso o processo histórico e social que forneceu substrato à formulação e desenvolvimento do Programa Bolsa Família (PBF). A análise centra-se no período de 1990 a 2014 e observa as formas pelas quais a categoria política da pobreza foi elevada como elemento de centralidade para as ações de programas sociais brasileiros. Nota-se que houve a apropriação dos significados da ideia de solidariedade social, expressa enquanto um projeto que levaria adiante uma identidade política e social de confronto, traduzindo-a em expressão da negociação e da conciliação política amparadas pelo controle social. Evidencia-se que o PBF representou a reorganização institucional dos programas sociais existentes no período de sua criação, enquanto opção política feita em adequação a outras possibilidades de ordenação das estruturas e práticas sociais.
Resumo: Este artigo analisa o papel social da educação como condicionalidade dos programas sociais brasileiros. A abordagem centra-se na elaboração e no desenvolvimento das políticas sociais de transferência condicionada de renda no Brasil e explicita sob quais argumentos morais, políticos e culturais o acesso ao ensino formal foi elevado à centralidade das ações de combate à pobreza. Nota-se que a educação como condicionalidade atua no convencimento acerca de expectativas de mobilidade social entre os sujeitos atendidos pelos programas frente às baixas condições materiais de vida. Desta forma, a educação compõe argumento de legitimação para a transferência de dinheiro, ofuscando tensões e antagonismos entre classes.
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