Com os animais de estimação cada vez mais presentes nos lares, os benefícios à saúde mental humana são inquestionáveis, contudo, essa maior proximidade a transmissão de patógenos zoonóticos, representando um risco a saúde pública. O objetivo deste estudo foi conhecer a frequência de enteroparasitos e fatores relacionados ao parasitismo gastrointestinal de cães e gatos domiciliados na cidade de Umuarama, Paraná. Para tal, 200 amostras fecais caninas e felinas recebidas no período de maio a agosto de 2022 no Laboratório de Parasitologia do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá foram analisadas para presença de ovos, cistos e oocistos de enteroparasitos. Também foram coletadas informações acerca de vermifugação, acesso ao extradomicílio, animais contactantes e características do domicilio afim de encontrar possíveis relações entre tais fatores e a infecção parasitária. Dentre as amostras analisadas, 55% apresentaram positividade para enteroparasitos. O gênero mais frequentemente diagnosticado foi Ancylostoma (62,72%), seguido por Trichuris (12,72%), Toxocara (10,90%) e Cystoisospora (6,36%). Em menor percentual foram identificados os gêneros Dipylidium, Platynosomum e Hymenolepis com 1,81% cada e Spirocerca sp. e Giardia sp. com 0,90% cada. Os filhotes, animais com acesso ao extradomicílio e cuja última vermifugação fora há mais de seis meses apresentaram maior percentual de positividade em relação aos adultos, estritamente domiciliados e com vermifugação recente. A pesquisa evidenciou a necessidade de investimento em programas de educação em saúde com a finalidade de instruir a população, reforçando a necessidade de acompanhamento coproparasitológico e vermifugação periódica dos animais, já que algumas das parasitoses diagnosticadas possuem potencial zoonótico.