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43As cores da investigação em Portugal: África, memória e identidade Khan, Sheila -As cores da investigação em Portugal: África, identidade e memória. Configurações, vol. 17, 2016, pp. 43-56 As cores da investigação em Portugal: África, identidade e memória * SHEILA KHAN** Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais -Polo Universidade do Minho
ResumoO presente artigo pretende analisar o impacto social e cultural da investigação sobre o que tradicionalmente é denominado por Estudos Africanos. Paralelamente, este trabalho procura refletir sobre a maturidade dos estudos africanos no contexto português de investigação, tendo em conta que no ano de 2015 se celebraram os 40 anos de independência das muitas ex-colónias portuguesas com todo o seu património de memórias e (pós-)memórias intelectualmente partilhadas. Para além deste propósito, procura-se pensar o posicionamento do investigador no tempo e espaço de um paradigma que divide o pensamento científico entre Norte Global e Sul Global.Palavras-chave: investigação, África, identidade, memória, Estudos Africanos.
AbstractThe complexion of research in Portugal: Africa, Identity and Memory This article analyzes the social and cultural impact of research carried on within what is traditionally referred to as African studies. Moreover, this paper seeks to reflect on the maturity of African studies in the Portuguese context, given that in 2015 we have celebrated 40 years of independence of many former Portuguese colonies with all their heritage of memories and intellectually shared post-memories. Finally, we discuss the positioning of the researcher within the time and space of a paradigm that divides scientific thought between the Global North and Global South.
Sheila KhanRésumé Les couleurs de la recherche au Portugal : Afrique, identités et mémoire Cet article analyse l'impact social et culturel de la recherche sur ce qu'on appelle traditionnellement les Études africaines. Ce texte vise une réflexion sur la maturité des études africaines dans le contexte portugais de la recherche, sachant qu'on a célébré en 2015 les 40 ans d'indépendance des nombreuses anciennes colonies, avec tout leur patrimoine de mémoire et de (post) mémoire intellectuellement partagés. Outre ce propos, nous avons cherché à réfléchir sur le positionnement du chercheur dans le temps et l'espace d'un paradigme qui divise la pensée scientifique entre le Nord Global et le Sud Global.