Saber por onde começar a ordem dos agradecimentos me custou bons minutos de passeio pela memória, pois em 2019, quando comecei o doutorado, me via como outra pessoa. O tempo passou e o mundo pôde acabar. De fato, alguns mundos se acabaram e outros seguiram em continuação. A criação e recriação desta tese de doutorado foi uma sucessão de fins e recomeços, viabilizada graças ao apoio financeiro, afetivo e psicológico que tenho. Maior estabilidade me propiciou o CNPq, através da bolsa de doutorado CNPq, que me deu motivação para trabalhar e sentir-me valorizada enquanto pesquisadora.Agradeço a cada pessoa que me acolheu, compreendendo que o doutorado foi parte substancial dos últimos anos, demandando um tipo de labuta muito particular, solitário e criativo. Agradeço à minha família pelo alívio do colo, da casa, da comida, de saber que posso esperar o futuro, venha como for, em um lugar seguro. Agradeço às amigas que fiz no Rio de Janeiro, a maioria pessoas migrantes de outras regiões do Brasil, que compartilharam o sentimento do encontro nesta cidade tão ambígua. Especialmente a Tais e Ricardo, que admiro profissionalmente mas também, e particularmente, pelo senso de humor. A Carol, agradeço imensamente pelo coração aberto, a paciência, a acolhida e a paixão. Conversar com você, conhecê-la, me fez trabalhar melhor, cultivar o melhor em mim.Às professoras e professores do IRI que contribuíram com minhas pesquisas, agradeço pelas conversas e reorientações, assim como pela abertura às mudanças. A Andrea Gill e Jimmy Klausen, sou grata pela paciência, pelos conselhos e intervenções, por me deixarem à vontade quando precisei, mas também pela motivação e pelos alertas nos momentos adequados. Às funcionárias do IRI que melhoram os nossos dias, sobretudo a Lia e Geísa, agradeço, sabendo que sentirei saudades.Às pessoas que despertaram meu lado musical, que sustentou a alegria e a energia para a escrita acadêmica, agradeço com um sorriso especial. Tenho muito carinho, também, pelas pessoas que conheci na ONG que me despertou para esta tese, companheiras de trabalho e de conquistas mútuas e coletivas. Guardo com zelo especial as lembranças das pessoas que conheci ali em atendimento. Tentamos, a cada dia, matar um leão, apesar de sabermos de sua força. Às pessoas que aceitaram ser entrevistadas e participar dos encontros, tendo a pensar que nenhum agradecimento seria suficiente. Desejo que cheguem o mais perto possível de seus sonhos e estejam rodeadas de outras pessoas que lhes queiram bem.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001.
ResumoOliveira, Flávia Belmont de; Klausen, James Casas (orientador). Recriando lugares para si: sociabilidade e autorreconhecimento de migrantes LGBTI+ no Rio de Janeiro.