RESUMO Objetivo: verificar contribuições da análise espectrográfica acústica na identificação forense de falantes em vozes auditivamente semelhantes, considerando o comportamento distintivo dos parâmetros acústicos: formantes da vogal “é”, da fala encadeada, média da frequência fundamental em Hz, curva de predição linear da vogal “é” e área da curva de predição linear; propor um método objetivo da utilização dos parâmetros analisados. Métodos: estudo quantitativo, qualitativo e descritivo, realizado em Pernambuco com 16 pares de irmãos do sexo masculino, entre 18-60 anos. Os sujeitos gravaram vídeos de onde extraíram-se os áudios que foram numerados e enviados a três avaliadores, em dois grupos: dos irmãos mais velhos e dos irmãos mais novos, para pareamento perceptivo-auditivo. Os pareamentos corretos, apontados por pelo menos dois avaliadores, foram submetidos à análise acústica. Os testes estatísticos foram Wilcoxon, Kruskal-Wallis, Bonferroni, com p<0,05. Resultados: os resultados das análises dos formantes e da média da frequência fundamental não foram suficientes para distinguir as vozes semelhantes. Ineditamente nas medidas das áreas geradas pelos gráficos da curva de predição linear, foi verificada significância estatística distintiva. Conclusão: concluiu-se que entre os parâmetros estudados, as medidas das áreas da curva de predição linear apontaram, objetivamente, eficácia na distinção de falantes com vozes auditivamente semelhantes.