Indo além da Natureza da Ciência: o filosofar sobre a Química por meio da ética química

Abstract

Em primeiro lugar, meus sinceros agradecimentos ao meu orientador Prof. Paulo Porto. Nossa história começou no dia 15 de agosto de 2010, quando enviei o e-mail com o título "Apresentação para uma possível orientação no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências". Na ocasião, estava prestando o processo seletivo para o mestrado do referido programa. Era um período de inúmeros receios, dúvidas e incertezas sobre o futuro, como, por exemplo, encontrar um orientador, pois não conhecia absolutamente nenhum professor da Universidade de São Paulo (USP). Lembro que seu nome e e-mail chegaram por sugestão de um amigo, Julio Rocha. Chamou-lhe a atenção, sabendo do meu interesse em estudar História da Química, a descrição de um professor que trabalhava com tal disciplina, veiculada por uma página da internet da instituição. Desde o primeiro contato via email até os dias de hoje, mostrou-se extremamente cordial e aberto ao diálogo. Aliás, como costumo dizer aos demais colegas do grupo de pesquisa, ele é um "artesão das palavras". Suas palavras são escolhidas com perícia, sempre respeitando o outro, independentemente de sua posição social, econômica, cultural, acadêmica, etc. No âmbito da pesquisa, sempre participou ativamente, lendo todos os textos produzidos por mim, criticando, reformulando e sugerindo novos caminhos. Não obstante, deu liberdade e autonomia para construir minha pesquisa. Aprendi muito com sua conduta como orientador e espero instituí-la quando ocupar a mesma posição. Mais do que elogios em forma de palavras, a melhor forma de reconhecimento para com uma pessoa é incorporar seus modos de pensar e agir em sua própria realidade.Agradeço ao Grupo de Pesquisa em História da Ciência e Ensino de Química (GHQ). A quantidade e diversidade de pessoas que pude conhecer desde 2011, ano em que ingressei no mestrado, enriqueceram não só esta tese, mas, também, a formação acadêmica, profissional e humana. Em especial, gostaria de lembrar os seguintes nomes: Zé Otávio; Anielli; Marcelo; Marcos; Mariana; Paulo Vidal; Elisa; Helena; Karina; Hélio; Winston; Júlia; e Yuly. Com alguns eu convivi por mais tempo, com outros menos; independentemente do tempo, cada qual contribuiu à sua maneira.O Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da USP merece ser exaltado também. A vinda para São Paulo, em 2011, foi motivada, dentre outros fatores, pela inexistência, naquela época, de um programa de pós-graduação semelhantes em minha instituição de origem. Além da oportunidade de realizar pesquisas na área de Ensino de Ciências, possibilitou o contato com pesquisadores de diferentes campos e linhas de pesquisa da Educação em Ciências. O número é vasto, por isso citarei apenas os das USP, como os Professores Osvaldo Pessoa Jr.,

A história do fogo na formação dos professores de Química

“…Ainda que alguns autores admitam aspectos consensuais da NdC, a literatura especializada mostra que essa questão permanece em debate (ROZENTALSKI, 2018;MARTINS, A., 2015;MATTHEWS, 2012). O Quadro 1 apresenta um compilado de concepções que levantamos a partir dos trabalhos de El-Hani (2006), Allchin (2013) e Acevedo-Diaz (2017).…”

A favor e contra o método: a tensão entre racionalismo e anarquismo epistemológico na controvérsia entre Big Bang e Estado Estacionário

“…No início da década passada intensificaram-se as discussões entre pesquisadores de ensino de ciências sobre que visão de ciência devemos buscar promover na educação científica, tornando-se cada vez mais estudado o conceito de "natureza da ciência". Como se trata de um conceito elaborado por educadores, a partir de estudos de história, filosofia e sociologia da ciência, ou seja, estudos metacientíficos, ou "sobre as ciências", há diferentes definições de "natureza da ciência" e estas foram se alterando conforme eram debatidas pelos pesquisadores (HODSON, 2014;MARTINS, 2015;BAGDONAS, 2015;ROZENTALSKI, 2018).…”

A construção coletiva sobre as séries infinitas por Leibniz e Newton

“…Em relação às reflexões sobre uma aproximação para a educação científica, a abordagem histórica e filosófica da ciência é muito indicada para que os(as) alunos(as) compreendam como ocorre a construção do conhecimento, bem como a Natureza da Ciência e o trabalho dos cientistas. Tal abordagem permite o entendimento da natureza e o caráter das teorias científicas, a estrutura da prática científica e seus produtos, os métodos utilizados pelos pesquisadores e os efeitos da ciência sobre atividades da sociedade (ROZENTALSKI, 2018).…”