RESUMOObjetivo: caracterizar o desempenho escolar e o processamento fonológico de escolares da 1ª e 2ª séries, segundo o sexo e grau de escolaridade e investigar a existência de correlações entre essas variáveis. Método: participaram 88 escolares (48 meninos e 40 meninas) entre cinco e oito anos de idade, sem queixas relacionadas à fala ou à aprendizagem. Foram avaliados por meio do Teste de Desempenho Escolar (Stein,1994) e pelas provas de nomeação rápida, repetição de pseudopalavras e consciência fonológica, habilidades relacionadas ao processamento fonológico. A análise estatís-tica se deu pelo teste de Mann-Withney U e pelo coeficiente de Spearman, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: a maioria dos escolares apresentou classificação de desempenho inferior nos subtestes do Teste de Desempenho Escolar, com maior média de acertos para leitura. Não houve diferença significante entre meninos e meninas. Os escolares da 2ª série mostraram melhor desempenho em escrita, leitura e aritmética, quando comparados aos alunos da 1 a série. Ao contrário dos desempenhos em leitura, escrita, aritmética e consciência fonológica, os desempenhos em acesso lexical e memória fonológica não diferenciaram as séries. Na 1ª série, encontraram-se correlações positivas entre o acesso ao léxico mental e a consciência fonológica, entre leitura e escrita e consciência fonológica, e entre aritmética e consciência fonológica. Na 2ª série, identificaram-se correlações positivas entre escrita, leitura e aritmética e com a consciência fonológica, acesso ao léxico com memória fonológica e consciência fonológica. Conclusão: os escolares da 2 a série apresentaram melhores escores de desempenho escolar e de consciência fonológica quando comparados aos alunos 1 a , apesar da maioria ter alcançado classificação inferior à esperada para a série, definida pelo Teste. Diferentes variáveis do processamento fonológico correlacionaram-se positivamente com o desempenho escolar. o aprendizado da leitura e da escrita, visto que aprender a ler por meio de um sistema alfabético pressupõe, dentre outras, a capacidade explícita de analisar a estrutura sonora da fala, bem como a de memória fonológica que permite reter informações e obter acesso a representações das informações fonológicas da linguagem¹ . A identificação e manipulação de segmentos articulados na fala encadeada são alcançadas a partir de atividades metacognitivas realizadas com informações fonológicas armazenadas na memória de longo prazo que possibilitam, também, a representação desses sons por meio da escrita. Os processos ligados à recepção (leitura) e expressão (escrita) mediados pela escrita são apreendidos por meio de atividades de decodificação e de codificação que vão desde
DESCRITORES:
INTRODUÇÃOHá inúmeras evidências de que as habilidades de processamento fonológico são críticas para