Este estudo analisa a influência da folga financeira no desempenho econômico de empresas listadas na B3 durante a pandemia de Covid-19. Realizou-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa, com dados de 308 companhias, do segundo trimestre de 2016 ao terceiro trimestre de 2020. Os resultados revelam que os efeitos da folga no desempenho ocorrem em forma de U invertido, apontando para um nível intermediário de folga como melhor prática. Contrariando o esperado, não foram encontradas contribuições adicionais da folga na pandemia. Ao consumir a folga acumulada, as companhias prejudicaram a rentabilidade, sendo ainda mais penalizadas durante a pandemia, contrariando expectativas dos efeitos do uso de recursos acumulados para tais momentos. Contribui ao discutir sobre a atenção da gestão em identificar limites mínimos e máximos de folga, e os riscos do consumo dos recursos acumulados.