<p>Enriquecimento ambiental consiste em técnicas que modificam o ambiente cativo, de forma a dinamizá-lo. A adoção do método resulta, com frequência, na diminuição de comportamentos anormais (estereotipias) e na expressão de um repertório comportamental mais típico. Acreditando-se na eficácia das técnicas de enriquecimento ambiental e que é possível melhorar a condição de indivíduos cativos, este trabalho foi proposto. Técnicas de enriquecimento Físico e Alimentar foram aplicadas a grupos e indivíduos solitários de <em>Leontopithecus chrysomelas</em> (Kuhl, 1820) mantidos no Laboratório Tropical de Primatologia (LTP), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As observações foram realizadas em três fases: Controle; enriquecimento Físico; e enriquecimento Alimentar. Na fase Controle os indivíduos apresentaram comportamentos anormais frequentes, como o <em>pacing</em> e o vigiar excessivo, principalmente os indivíduos solitários. Durante a fase experimental, apenas o ato vigiar apresentou diferença significativa para os grupos familiares (Fr<sup>2</sup> = 7.58; gl = 2; p = 0.023). Os resultados demostram que <em>L. chrysomelas</em> do LTP parecem ser mais resistentes às mudanças, possivelmente devido ao longo período de exposição destes a um ambiente condicionado a uma rotina e sem estímulos. Visando modificar este cenário, sugere-se a adoção de métodos de “quebra de rotina” concomitante às técnicas de enriquecimento ambiental.<strong></strong></p><p><strong>Palavras chave</strong>: Cativeiro, comportamento, Primata.</p>