O objetivo do estudo foi conhecer a conduta dos graduandos de Odontologia em relação ao uso de pontas diamantadas e suas condições de conservação. Foram aplicados questionários aos 98 acadêmicos regularmente matriculados nas disciplinas clínicas do curso (7° ao 10° períodos), a fim de avaliar as características sobre uso, armazenamento, esterilização e condições das pontas diamantadas utilizadas na prática clínica. Pontas diamantadas foram recolhidas para análise em microscópio eletrônico de varredura (MEV), onde foram observados aspectos relativos ao seu estado de conservação. Foram realizados cálculos de frequência para análise estatística. Observou-se que 44,9% dos estudantes utilizavam empacotamento individual para proceder a esterilização; 27,6% usavam o instrumento por um período de 1 a 2 anos até o seu descarte e 87,8% usavam o mesmo instrumento de 1 a 2 vezes por semana; 66,3% afirmaram que não utilizavam nas clínicas os mesmos instrumentos empregados em atividades laboratoriais; 73,5% empregavam água, sabão e escova para lavagem e 45,9% utilizavam luva de procedimento, gorro, máscara e jaleco; 51% empregavam seringa de ar para secagem; 39,8% não faziam desinfecção; 100% utilizavam autoclave; 87,8% relataram boas condições de uso; 59,2% já trocaram seus instrumentos e 81,6% concordam em utilizar o próprio instrumento em sua cavidade bucal. Nas imagens do MEV pode-se observar perdas estruturais de diamantes, processo de oxidação do aglutinante e até perda severa de parte ativa dessas pontas diamantadas. Os graduandos apresentaram conduta adequada frente ao armazenamento, utilização e esterilização de suas pontas diamantadas. Entretanto, após análise em MEV as pontas não apresentavam bom estado de conservação.