Justificativas e objetivos: as infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS) são um grave problema de saúde pública mundial. Ocorrem principalmente nos Centros de Terapia Intensiva (CTI), onde a estrutura física e insumos não favorecem a adesão da higienização das mãos (HM) entre os profissionais de saúde. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo descrever e avaliar a estrutura física e de insumos destinados à prática de HM em um CTI de um hospital público oncológico da região Norte, Pará, Brasil. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, observacional e transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através de um questionário baseado no Guia para a Implementação da Estratégia Multimodal da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Melhoria da Higiene das Mãos. Resultados: o estudo identificou que existiam 17 leitos funcionantes e 6 interditados, além de 11 pias no local, porém apenas 5 possuíam sabão líquido e papel toalha, todas com água. Foram identificados 10 dispensadores de álcool, porém apenas 7 estavam funcionantes e reabastecidos. Nenhum dos profissionais encontrados possuíam frasco alcoólico de bolso. Conclusão: o estudo concluiu que a estrutura física e os insumos encontrados no CTI investigado estão parcialmente adequados para a realização da prática de desinfecção das mãos. Contudo, devem ser implementadas melhorias nessas estruturas, bem como auditorias periódicas e atividades de educação permanente em saúde, visando relembrar os profissionais sobre a prática de HM de forma correta.