Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC), classificado como isquêmico e hemorrágico, pode ser definido como um distúrbio focal da função cerebral, de etiologia vascular, levando a sinais clínicos de desenvolvimento rápido, que pode desencadear incapacidades nos pacientes. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com Acidente Vascular Cerebral. Método: Pesquisa bibliográfica realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando a palavra-chave: Acidente Vascular Encefálico e o descritor: Acidente Vascular Cerebral, que foram utilizados como específicos e foram cruzados com os descritores gerais: Epidemiologia e Perfil de Saúde. Incluídos artigos científicos, disponíveis para acesso na íntegra, escritos no idioma português e publicados entre os anos de 2014 a 2018. Resultados: Selecionados oito artigos científicos, sendo que dois artigos foram publicados em 2015, outros dois em 2016, três artigos publicados em 2017 e um artigo em 2018. O AVC foi mais prevalente no sexo masculino em seis estudos, variando de 52,0% a 60,0%, um estudo encontrou uma prevalência de 51,4% no sexo feminino e outro estudo encontrou uma prevalência igual entre homens e mulheres. Com relação à idade de acometimento dos pacientes, sete artigos identificaram uma frequência maior de AVC em pessoas idosas, acima de 60 anos, com uma média de idade variando de 60 a 71 anos. Apenas um artigo encontrou uma prevalência maior na faixa etária mais jovem. Com relação à raça, dois artigos encontraram maior acometimento na raça branca e um artigo encontrou maior prevalência em pardos e negros. No concerne ao estado civil, foi identificado a prevalência maior de indivíduos casados em quatro artigos, variando em uma frequência de 48,5% a 56,6%. Um artigo encontrou que 56,0% dos pacientes eram solteiros, viúvos ou divorciados. Quando foi avaliada a escolaridade, três artigos encontraram um baixo nível de estudo nos pacientes com AVC. Na avaliação das comorbidades, quatro artigos encontraram a maior frequência de hipertensão arterial sistêmica, variando de 42,5% a 88,0%. O Diabetes Mellitus foi citado em três artigos, variando de 20,2% a 42,0%; a dislipidemia foi evidenciada em dois artigos, variando em uma frequência de 38,0% a 90,5%. Tabagismo e cardiopatia foram citados em dois artigos, um artigo também citou o sedentarismo e outro artigo listou o consumo de álcool, antecedentes familiares de AVC, obesidade e arritmias, como a fibrilação atrial, como fatores de risco para a ocorrência de AVC. Um artigo citou que 42,6% dos pacientes já havia apresentado outro episódio de AVC. Com relação ao tempo de internação, dois artigos evidenciaram um tempo de internação hospitalar médio de até duas semanas, sendo que as principais complicações apresentadas pelos pacientes internados com AVC foram a infecção do trato urinário e a pneumonia. Evoluíram com sequelas mais frequentes na fala, alteração na cognição, alteração de força motora e prejuízo na visão e uma taxa de mortalidade que variou de 2,9% a 36,0%. Conclusão: Nos artigos avaliados, o AVC foi mais prevalente em indivíduos brancos, idosos, casados, do sexo masculino, hipertensos, diabéticos, que ficaram internados no hospital por duas semanas, evoluindo com complicações urinárias e respiratórias.