A depressão vem atingindo uma considerável parte da população e representa uma das principais causas de incapacidade, resultando em aumento do uso de antidepressivos. Associações entre medicamentos podem ocasionar interações medicamentosas (IM), com potencial risco para o paciente. Acredita-se que a incidência de IM é de 3 a 5% em pacientes que usam menos de 4 medicamentos, atingindo 20% entre aqueles que usam de 10 a 20 medicamentos simultaneamente. Desta forma, o objetivo deste artigo é: Identificar as potenciais interações medicamentosas envolvendo antidepressivos tricíclicos e discutir a função do farmacêutico na prevenção e no manejo dessas interações. A metodologia adotada para o desenvolvimento deste estudo foi a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo descritivo, fundamentada em estudos já desenvolvidos. Para tal, buscou-se os materiais por meio das plataformas de pesquisa acadêmica online: Google Acadêmico, LILACS, Scielo, Periódicos CAPES e Pubmed, no período de 2013 a 2022 e as estratégias de busca foram baseadas nas combinações das palavras-chaves e nos idiomas português e inglês, e os operadores booleanos AND e OR. Verifiou-se que dentre os antidepressivos mais envolvidos em interações medicamentosas destaca-se os antidepressivos tricíclicos. Contudo, por meio da assistência farmacêutica, pode-se prevenir e detectar reações adversas relacionadas a interações medicamentosas, alertar os prescritores e sugerir eventuais mudanças na posologia ou no esquema terapêutico, colaborando para melhorar a eficácia e segurança da farmacoterapia.