Este texto se trata de um recorte com resultados parciais da tese de doutorado em Educação, em andamento, que investiga a constituição subjetiva de educadoras(es) sociais a partir de suas histórias de vida e de aprendizagem. Propõe-se, nesse esforço reflexivo, gerar inteligibilidade sobre: como se constitui o educador social a partir de suas histórias de vida e de aprendizagem? A partir da inspiração na metodologia de História de vida, investigaram-se as trajetórias de um educador social e suas relações com aspectos profissionais e pessoais, buscando compreender como os processos de aprendizagem fazem parte de sua constituição como ensinante e educador social. As bases teóricas da investigação referem-se a: Pedagogia Social, em uma perspectiva crítica; Teoria da Subjetividade; Psicologia Histórico-cultural; e teorias psicopedagógicas. A análise do material empírico foi realizada a partir da Análise Textual Discursiva e os resultados parciais são: a) a relação com os primeiros ensinantes contribuiu significativamente para a constituição do educador, bem como a relação com a religião de matriz africana e o lugar que o saber ocupa em sua cosmovisão; b) as experiências negativas na escola influenciaram os processos de aprendizagem de vida – com família, amigos, educadoras(es) sociais – para que se tornassem centrais na constituição subjetiva do sujeito da pesquisa; c) a relação com a música e o fazer como educador social participam fortemente da sua constituição pessoal, como sujeito que aprende e que ensina.