2015
DOI: 10.1590/1807-57622014.0894
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Interferências criativas na relação ensino-serviço: itinerários de um Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde)

Abstract: O presente texto discute a integração ensino-serviço, no âmbito do PET-Saúde Mental, por meio de um olhar sobre as afetações produzidas na articulação entre ensino-pesquisa-assistência e nos encontros entre discentes, docentes e trabalhadores. Valemo-nos, para tanto, de diferentes registros (memórias, relatórios e papers) da experiência realizada entre 2012 e 2014. Apresentamos alguns de seus dispositivos: itinerários de formação, cogestão da pesquisa e encontros formativos; assim como seus efeitos: a potencia… Show more

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“…A integração ensino-serviço no campo da saúde tem sido uma experiência realizada pela PUC-SP, desde os anos 1980, no território sanitário da Freguesia do Ó/Brasilândia, zona Norte de São Paulo. Tais processos, que preferimos chamar de "interferências criativas" (Conceição et al, 2015), mais do que de "integração", se intensificaram desde os anos 2000 com a proposta conjunta dos Ministérios da Saúde e da Educação dos Programas de Reorientação da Formação em Saúde (PROSAÚDE) (Brasil, 2005)…”
Section: Introductionunclassified
“…A integração ensino-serviço no campo da saúde tem sido uma experiência realizada pela PUC-SP, desde os anos 1980, no território sanitário da Freguesia do Ó/Brasilândia, zona Norte de São Paulo. Tais processos, que preferimos chamar de "interferências criativas" (Conceição et al, 2015), mais do que de "integração", se intensificaram desde os anos 2000 com a proposta conjunta dos Ministérios da Saúde e da Educação dos Programas de Reorientação da Formação em Saúde (PROSAÚDE) (Brasil, 2005)…”
Section: Introductionunclassified
“…Estudos demonstram que a parceria ensino-serviço promove melhora na qualidade do serviço uma vez que a presença dos estudantes estimula os profissionais a desenvolverem uma prática reflexiva, reorientando o serviço, ampliando e qualificando as suas práticas (CALDEIRA;LEITE;RODRIGUES;NETO, 2011;SANTOS et al, 2015;FLORES et al, 2015;CONCEIÇÃO et al, 2015;BEZERRA et al, 2015). No entanto, a valorização da presença dos estudantes nesses cenários pelos profissionais e gestores das próprias unidades não é consenso (MENDES et al, 2018).…”
Section: Resultsunclassified
“…Além disso, é importante considerar a baixa carga horária destinada a disciplinas de saúde mental, oferecidas na maioria dos cursos de graduação e pósgraduação na área da saúde, assim como a carência de estágios práticos, com supervisão adequada e ênfase nos aspectos psicossociais e comunitários. Essa situação leva a uma enorme disparidade entre a formação recebida pelos profissionais e as exigências que se colocam no cotidiano dos serviços de saúde mental, orientados justamente para a superação do modelo que tem norteado a formação profissional (Macedo & Dimenstein, 2011;Pereira et al, 2015;Villela, Maftum, & Paes, 2013;Yasui, 2006 Estudos apontam importantes impactos do Pró/PET-Saúde/ Redes de Atenção Psicossocial sobre a formação profissional em saúde mental, incluindo: a construção e aperfeiçoamento de uma lógica de atenção usuário-centrada, na medida em que permite aos estudantes aprender a fazer "com" e não "sobre" o paciente; a qualificação da assistência em saúde mental, favorecida não apenas pela ampliação de conhecimentos, mas pela experiência e contato com pessoas em sofrimento psíquico; a superação paulatina de estigmas sobre o paciente em sofrimento psíquico, oportunizada pela discussão e problematização de estereótipos acerca da loucura e pela aproximação às famílias e pessoas em sofrimento psíquico; a ampliação de uma lógica de trabalho interdisciplinar e em rede, favorecida pelo contato com diferentes serviços e entre estudantes e profissionais de diferentes áreas; e maior articulação ensino-serviço, com destaque para a possibilidade de troca de saberes e experiências entre estudantes e profissionais, os primeiros estimulando questionamentos acerca do próprio contexto e rotinas dos serviços e os segundos contribuindo para uma transformação de saberes e práticas das instituições de ensino, em maior consonância às demandas e condições da rede (Conceição et al, 2015;Kemper, Martins, Monteiro, Pinto, & Walter, 2015;Rézio, Moro, Marcon, & Fortuna, 2015;Rosa et al, 2015;Santos, Portugal, Silva, Souza, & Abrahão, 2015).…”
Section: A Formação De Recursos Humanos Para Atuar Em Saúde Mentalunclassified
“…No entanto, também são apontados desafios, incluindo: a necessidade de criação de dispositivos de cogestão para planejamento e execução das atividades propostas; a falta de profissionais na equipe com formação em saúde mental e o despreparo de algumas equipes para lidar com pessoas em sofrimento mental; a insuficiência de insumos materiais e dificuldade de desenvolver ações em áreas de periculosidade e difícil acesso; as demandas postas pelas urgências que se apresentam dentro dos serviços; e a presença de uma cultura de institucionalização, que ainda tende a centrar o trabalho nas unidades de saúde, ao invés do território (Conceição et al, 2015;Kemper et al, 2015;Rézio et al, 2015;Rosa et al, 2015;Santos et al, 2015).…”
Section: A Formação De Recursos Humanos Para Atuar Em Saúde Mentalunclassified