“…Como explicitado acima, tanto a legislação que trata das concessões das bolsas de estudo quanto a política interna adotada pela EF utilizam como único critério, para tornar os estudantes elegíveis ao benefício legal, a renda familiar. Como destacado porMuylaert, Bonamino & Bannell (2019), para que a concepção da justiça como equidade atue de maneira eficaz, deve haver o reconhecimento do conjunto das desigualdades existentes na sociedade. Dessa forma, se constata uma limitação, em termos de equidade, na legislação referente à concessão de bolsas de estudos, na medida em que ela não incorpora critérios como raça/ familiares, a qual guarda uma relação direta com a rede de ensino frequentada em séries anteriores e também com a raça/ cor, passam a não ter mais direito aos benefícios legais considerados pela Lei de Cotas adotada pelas universidades públicas brasileiras.…”