RESUMO:O presente texto reflete sobre a condição juvenil no ambiente escolar e suas incertezas, apontando os limites da instituição social, escola. Para compreender a dinâmica de interação dos sujeitos pesquisados com a escola, usamos como metodologia de pesquisa a entrevista coletiva, com os alunos de uma escola pública de Ensino Médio, e analisamos o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. A categoria social evidente, juventudes, conflui com a ideia de uma sociedade heterogênica que invade o ambiente escolar, no qual não foi preparado para receber tal diversidade, contribuindo para que tal estrutura seja excludente. Defendemos que é preciso fazer emergir nas práticas cotidianas escolares uma cultura de inclusão dos saberes jovens no currículo escolar para que essa cultura, excludente, seja apaziguada. PALAVRAS-CHAVE: Juventudes; Escola; Currículo.
ABSTRACT:This paper reflects on the condition of youth in the school environment and their uncertainties, pointing out the limits of social institution, school. To understand the dynamics of interaction of subjects studied with the school, we used as research methodology the press conference, with students of a public high school education, and analyze the Pedagogical Political Project (PPP) school. The obvious social category, youths, converges with the idea of a heterogenic society that invades the school environment, in which it was not prepared to receive such diversity; contributing to such a structure is exclusionary. We argue that it is necessary to bring out the culture of inclusion school daily practices one of the young knowledge in the school curriculum so that this culture, exclusionary, be appeased.
INTRODUÇÃONo mundo atual, estamos vivendo mudanças profundas que, muitas vezes, não somos capazes de compreender, o que é, de certa forma, assustador. A escola, como instituição social, passa por esse mesmo dilema sobre compreender as grandes e fortes mudanças da sociedade. Quem são os sujeitos que estão vivenciando essas mudanças? Como esses sujeitos se portam diante dessa instituição?Antes mesmo de falarmos quem são os sujeitos, procuramos definir aqui o conceito de sujeito. Os sujeitos que falamos aqui não são somente históricos e sociais, são inconclusos, inacabados (FREIRE, 2005). Os colocamos em um cenário do "pensamento crítico", no cenário de uma "pedagogia crítica" (SANTOS, 2011).Podemos pensar o inacabamento como uma perspectiva vital para o ser humano, uma condição que marca sua relação com o mundo. Então, os sujeitos se encontram marcados pelos resultados de sua própria ação: o sujeito inacabado "Atuando, transforma; transformando, cria uma realidade que por sua vez, envolvendo-o, condiciona sua forma de atuar" (FREIRE, 2003, p. 28).Nesta perspectiva, os sujeitos se configuram em processo de constante construção a partir de suas experiências subjetivas e do pensar autônomo. Eles, ao mesmo tempo em que se constituem como seres participantes do processo de construção do conhecimento, são partes deste conhecimento. Essa dialética de construir e ...