“…Em algumas dessas regiões, já pesquisadas por Aalbers, essa articula ção conta com a ação dos chamados global players -ou agentes globais: fundos de investimento e empresas imobiliárias transnacionais que adentram mercados financeiros como forma de diversificar ativos e mitigar riscos, mas também para penetrar em localizações geográficas onde não têm presença, capilarizando-se territorialmente e submetendo a produção das cidades a sua lógica financeirizada (Aalbers, 2014 (Sanfelici, 2017;Fix, 2009;Botelho, 2007 Capital internacional comprou ações das empresas imobiliárias quando da oferta pública inicial -IPO No desenvolvimento urbano, vários autores descrevem a diversificação das fontes de recursos disponíveis para seu financiamento, que se expandiram de forma a abarcar recursos obtidos no âmbito financeiro, como foi o caso da abertura de capital de empresas construtoras, conseguindo recursos nacionais e globais quando das ofertas públicas na bolsa de valores pela primeira vez, em um processo conhecido como Initial Public Offering -IPOs (Shimbo, 2010(Shimbo, , 2012Sanfelici e Halbert, 2015). É importante destacar que essa forma de financeirização tem sido vista como grande alternativa para captar recursos no setor habitacional (Royer, 2014;Rolnik, 2015;Shimbo, 2010Shimbo, , 2012Rocha Lima, 2012), que vinha apresentando uma ligação mais tímida com outros mecanismos de financeirização, o que transmuta o caráter da habitação de bem social em direção ao de mercadoria e ativo financeiro (Rolnik, 2015).…”