2015
DOI: 10.3917/ag.702.0275
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La prison, une « cité avec des barreaux » ? Continuum socio-spatial par-delà les murs

Abstract: Dans la perspective des travaux géographiques et sociologiques qui analysent les relations entre l’intérieur et l’extérieur de la prison et interrogent l’application du concept d'« institution totale » (Goffman, 1968 [1961]) au contexte carcéral, on souhaite montrer que la vie sociale en détention n’est pas seulement façonnée par les contraintes internes à l’institution, mais qu’il existe une continuité des réseaux relationnels et des rapports sociaux par-delà le mur. Cette analyse repose sur une enquête ethno… Show more

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“…Baer (2005) and Schliehe (2017) have both explored prisoner possessions and their significance and movement in the prison setting. Baer and Ravneberg (2008) and Schliehe (2016) explored notions of inside and outside; Bony (2015) has studied continuity of social relations beyond the prison wall; and Turner (2016) has interrogated the notion of an absolute and Euclidean prison boundary. Conlon and Hiemstra (2014) outlined microeconomies in and associated with detention centres, and Moran (2015a) discussed animal geographies of carceral space with reference to animals as contraband that penetrates the prison.…”
Section: The Development Of Carceral Geographymentioning
confidence: 99%
“…Baer (2005) and Schliehe (2017) have both explored prisoner possessions and their significance and movement in the prison setting. Baer and Ravneberg (2008) and Schliehe (2016) explored notions of inside and outside; Bony (2015) has studied continuity of social relations beyond the prison wall; and Turner (2016) has interrogated the notion of an absolute and Euclidean prison boundary. Conlon and Hiemstra (2014) outlined microeconomies in and associated with detention centres, and Moran (2015a) discussed animal geographies of carceral space with reference to animals as contraband that penetrates the prison.…”
Section: The Development Of Carceral Geographymentioning
confidence: 99%
“…Atores, relações e expedientes como esses efetuam e atualizam, no Brasil, um processo de erosão das fronteiras entre bairros e prisões, semelhante ao que foi identificado e analisado por Cunha (2002) em Portugal, por Bony (2015) na França, por Waltorp e Jensen (2019) na África do Sul, por Morelle (2015) em Camarões, etc. 5 Na prisão, não só se mantém relações familiares e vicinais, como elas se mostram decisivas na própria conformação da duração e experiência da reclusão.…”
Section: A Maquinaria Punitivaunclassified
“…A explosão da população carcerária ao longo das últimas décadas, processo que Garland (2001) chamou de encarceramento em massa, e Wacquant (2009), numa definição mais precisa, de hiperencarceramento concentrado, fomentou uma série de estudos que lançam luz sobre o imbricamento das prisões com determinadas regiões urbanas, tais como periferias e favelas brasileiras (Barbosa, 2005), guetos estadunidenses (Wacquant, 2007), townships sul-africanas (Waltorp & Jensen, 2019), banlieues parisienses (Bony, 2015) ou bairros portugueses (Cunha, 2002) e camaroneses (Morelle, 2015) específicos -em suma, as áreas habitadas pelas populações mais pobres das cidades. Entre outras potencialidades, esses escritos ressaltam a concentração espacial do encarceramento, a incorporação dos bairros pela prisão -bem como da prisão pelos bairros -e a disseminação da experiência carcerária entre esses territórios e suas populações, delineando um continuum entre prisões-favelas-periferias.…”
Section: Introductionunclassified