“…Munday (2008), fazendo interface entre estudos descritivos da tradução, narratologia, metodologia de corpus e categorias da LSF tradicionalmente usadas em algumas das abordagens da ACD, propõe um quadro metodológico para análise, em dois níveis, do estilo da tradução e da voz, ou presença discursiva, do tradutor: (i) o contexto de situação/registro, com as funções ideacional, interpessoal e textual; e (ii) as escolhas léxico-gramaticais dos TTs, algumas delas, consoante Munday (2008), mais conscientes ou deliberadas e apontando na direção de ideologias na realização de significados motivados nos TTs. Essas escolhas realizam os seguintes planos do ponto de vista narrativo segundo Simpson (2000): psicológico, em interface com a função ideacional e realizado especialmente por escolhas da transitividade; ideológico, em interface com a função interpessoal e realizado especialmente por escolhas da modalidade; e espaço-temporal, em interface com a função textual e realizado por escolhas da estrutura temática e da dêixis. Munday (2008) observa que os planos se sobrepõem, assim como os tipos de escolhas que os realizam.…”