RESUMOO objetivo do presente estudo foi verificar se atletas envolvidos com tarefas rítmicas de movimento dos membros inferiores (MI) podem apresentar assimetrias na postura em pé devido a desigualdades estruturais de membros inferiores (DMI) influenciadas pela preferência podal. Foram avaliados 18 nadadores de ambos os sexos que tiveram o comprimento de seus MI mensurados e classificados, de acordo com suas DMIs, em: grupo 1, com DMI menor ou igual a 0,4 cm; grupo 2, com DMI entre 0,5 e 0,9 cm; e grupo 3, com DMI superior ou igual a 1,0 cm. A preferência foi definida pela perna de chute. A força vertical (Fz) foi mensurada através de estabilometria computadorizada. Não houve efeito da DMI nem da preferência podal sobre a aplicação de Fz, tampouco interações significativas entre elas. Diferenças estruturais discretas e a preferência podal não foram determinantes de assimetria na postura em pé de atletas de natação.
INTRODUÇÃOUma vantagem de assumir simetria no corpo humano é a redução na complexidade das avaliações e análise de dados. Isso se deve à consideração de somente um dos lados do corpo como representativo do desempenho de ambos (LUNDIN; GRABINER; JAHNIGENT, 1995), ainda que possa incorrer em erros, uma vez que o ser humano parece não utilizar os dois lados do corpo da mesma maneira e na mesma intensidade, principalmente quando se consideram atividades funcionais.As pessoas têm maior habilidade com uma das mãos para a realização de tarefas manuais (BRYDEN; ROY, 2005), a qual frequentemente é a direita. Cuk, Leben-Seljak e Stefancic (2001) sugerem que, enquanto o membro superior direito é mais forte que o esquerdo em 90% das pessoas, no membro inferior essa supremacia de um lado não é tão marcante, sendo que uma proporção de 55% a 75% das pessoas tem o membro inferior esquerdo mais forte. O extensivo recrutamento unilateral, como observado para a mão preferida, está associado a diferenças laterais significativas, chamadas de assimetrias de desempenho (TEIXEIRA, M.; TEIXEIRA, L., 2008). Para a extremidade superior, estudos mostram que um dos fatores determinantes destas diferenças é a maior confiança no membro preferido (TEIXEIRA, M.; TEIXEIRA, L., 2008), mas assimetrias na extremidade inferior ainda são discutidas quanto às suas causas. Embora diariamente recrutados