ResumoObjetivo: Verificar o desempenho dos idosos nos testes de fala considerando os aspectos: ajustes das próteses auditivas e/ou grau e configuração da perda auditiva, desempenho na triagem cognitiva e habilidades auditivas. Métodos: Participaram 36 idosos, com idade entre 60 e 87 anos, com perda auditiva neurossensorial de grau leve a moderadamente severo. Obtidos os Índices Percentuais de Reconhecimento de Sentenças no Ruído (IPRSR), através das Listas de Sentenças em Português Brasileiro, com as próteses auditivas, utilizando os seguintes ajustes: microfone omnidirecional; redutor de ruído e microfone omnidirecional; microfone direcional; redutor de ruído e microfone direcional. Consideradas: médias tritonais de 500, 1000, 2000 Hz e 3000, 4000 e 6000 Hz; resultados do Mini Exame de Estado Mental, teste dicótico de dígitos e padrão de duração. Resultados: Quando fala e ruído vieram da mesma direção (0/0º azimute), não houve predominância dos ajustes no melhor desempenho no IPRSR. Já na condição em que o ruído incidiu atrás do sujeito (0/180° azimute), o microfone direcional associado ao redutor de ruído foram imprescindíveis para o melhor desempenho. Houve correlação entre o IPRSR a 0/0º e o teste dicótico de dígitos. Conclusão: A habilidade de figura-fundo para sons verbais mostrou influenciar o desempenho comunicativo do idoso usuário de próteses auditivas, quando fala e ruído vieram da mesma *Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
Contribuição dos autores:GCF realizou a interpretação dos resultados e desenvolvimento da discussão; SNS realizou o delineamento do estudo, coleta, análise e interpretação dos resultados; MJC auxiliou no delineamento do estudo, análise e interpretação dos resultados.