2014
DOI: 10.17771/pucrio.escrita.23807
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Linguagem, Discurso E Poder

Abstract: Conforme nos ensinou uma vez M. Bakhtin, usar a linguagem é tomar parte em um diálogo. Naturalmente, diálogo não será definido aqui apenas como comunicação local, concretizada na presença real ou imaginada de algum tipo de interlocução. O diálogo de Bakhtin tinha outras proporções: toda enunciação pressupõe, responde, colabora ou polemiza com outras enunciações, anteriores e posteriores, síncronas ou assíncronas, e sempre informadas histórica e ideologicamente. Nesse sentido, usar a linguagem é tomar uma posiç… Show more

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“…O conceito de letramento tem sido ressignificado, ampliado e potencializado diante da multiplicidade de sistemas semióticos e da emergência de uma perspectiva decolonial, que leva em conta a necessidade de se lançar um olhar sobre os letramentos de reexistência (Souza, 2009), em contextos de educação formal e não formal de pessoas jovens e adultas. Essa abordagem rompe com a perspectiva deficitária, homogeneizante e universalista, colocando-se como potente quadro teórico para questionar o grafocentrismo, perspectiva centrada na escrita alfabética presente em sociedades com ou sem tradição escrita, que sobrevaloriza a linguagem escrita, em detrimento de outras formas de comunicação gráfica e de linguagens (Gnerre, 1985), e de tecnologias da informação e comunicação coexistentes. Essa sobrevalorização é constituída por crenças implícitas ou explícitas sobre o impacto da escrita nas sociedades e no desenvolvimento social, econômico, político e cognitivo de grupos humanos.…”
Section: )unclassified
“…O conceito de letramento tem sido ressignificado, ampliado e potencializado diante da multiplicidade de sistemas semióticos e da emergência de uma perspectiva decolonial, que leva em conta a necessidade de se lançar um olhar sobre os letramentos de reexistência (Souza, 2009), em contextos de educação formal e não formal de pessoas jovens e adultas. Essa abordagem rompe com a perspectiva deficitária, homogeneizante e universalista, colocando-se como potente quadro teórico para questionar o grafocentrismo, perspectiva centrada na escrita alfabética presente em sociedades com ou sem tradição escrita, que sobrevaloriza a linguagem escrita, em detrimento de outras formas de comunicação gráfica e de linguagens (Gnerre, 1985), e de tecnologias da informação e comunicação coexistentes. Essa sobrevalorização é constituída por crenças implícitas ou explícitas sobre o impacto da escrita nas sociedades e no desenvolvimento social, econômico, político e cognitivo de grupos humanos.…”
Section: )unclassified
“…Vale destacar, no entanto, que os elementos já expostos, como a mediação estética, o reconhecimento do cotidiano e o posicionamento do indivíduo subjetivo frente ao mundo já ensejam um explícito processo de inserção, especialmente diante da estrita relação entre expressão do social e processos de autonomia emancipatória (FRANCHI, 1991). Portanto, o objetivo investigativo deste segmentação recai sobre o específico olhar crítico frente a esse já estabelecido elemento cotidiano, visto que, segundo Gnerre (1985), a língua e a baixa criticidade se tornam recursos de exclusão social, muitas vezes proposital, de um grupo sobre outro.…”
Section: Produção Criativa E Outros Reflexos Emancipatóriosunclassified
“…Antes de adentrarmos, contudo, as questões que fundamentam nossa discussão, ressaltamos que um dos aspectos mais significativos com relação à Neurolinguística de orientação enunciativo-discursiva é que esta coloca no centro da teoria e práticas terapêuticas o sujeito enquanto atuante com e sobre a linguagem (COUDRY, 1986(COUDRY, /1988GERALDI, 1991) 49 , privilegiando a natureza sócio-histórico-cultural da constituição do cérebro, da linguagem e dos próprios sujeitos, ao contrário de muitas teorias que tradicionalmente orientam as pesquisas no campo da saúde. Dito de outra maneira, nossa discussão concebe a linguagem como um fenômeno sócio-histórico, uma atividade humana tomada como lugar de interação e interlocução de sujeitos, indeterminada, incompleta e passível de (re)interpretação, em que tanto o sujeito quanto ela própria se constituem em um movimento dinâmico (FRANCHI, 1977;COUDRY, 1986/1988, GERALDI,1990 50 .…”
Section: Na Contramão Dos Declínios Cognitivos: a Força Das Práticas ...unclassified
“…Essa discussão, no âmbito da Neurolinguística Discursiva, foi iniciada com os trabalhos de Coudry (1986Coudry ( /1988) e desenvolvida ao longo de mais de 25 anos. (GNERRE, 1988). A grande mudança de paradigma surgiu quando a Neuropsicologia, segundo Kotik-Friedgut, passou a lidar com pessoas e países diferentes e com níveis de letramento distintos, sugerindo que a cultura devesse ser levada em consideração na análise e teorização sobre o desenvolvimento e os distúrbios da mente como já postulava Luria.…”
Section: Os Signos Como Instrumentos Mediadores Da Atividade Cognitivaunclassified
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