As verdades construídas na modernidade, assim como a confiança na razão e na capacidade da ciência para fornecer respostas, especialmente na medicina e na psicologia no contexto da saúde mental, estão sendo questionadas diante da crescente psicopatologização com o aumento desenfreado de diagnósticos, sem fundamentação sólida. Diante desse cenário, é imperativo reconhecer que as necessidades humanas, influenciadas pelas constantes mudanças sociais, demandam a desconstrução de representações até então consideradas naturais ou referenciais, possibilitando a busca por novas simbologias e ideais. A partir dessas premissas este estudo explora a evolução histórica das interpretações de comportamentos controversos, desde “castigos divinos” até explicações científicas contemporâneas, destacando a transição do controle religioso para o científico na definição de normalidade ou patologia, influenciando normas sociais e éticas. Os objetivos incluem analisar a tendência contemporânea de patologização, explorar o impacto das transformações socioculturais no desenvolvimento humano, investigar a influência da medicalização em diagnósticos e refletir sobre a relação entre diagnósticos rápidos e a sociedade. O estudo propõe uma reflexão crítica sobre práticas atuais de diagnóstico e tratamento, visando uma sociedade sensível às diferenças individuais, valorizando a diversidade como parte essencial da experiência humana, e contribuindo para práticas mais personalizadas e sensíveis em saúde mental e educação.