RESUMO -Atualmente, o setor sucroenergético busca novas matérias-primas que possam complementar a produção de etanol no Brasil. Entre essas, pode-se destacar o milho, que vem sendo utilizado em estados como Mato Grosso e Goiás em usinas dedicadas, ou ainda em "usinas flex", que compartilham o processamento de cana-de-açúcar e milho. Entretanto, ainda faltam informações que possam otimizar o processo, resultariam em aumento de rendimento industrial. Entre essas, cabe destacar a granulometria ideal que o grão deve apresentar antes de ser submetido ao processo de cozimento. Desta maneira, o objetivo do trabalho foi avaliar a extração dos açúcares presentes no milho triturado em diferentes granulometrias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 3 repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas granulometrias de 0,6, 1,18 e 2,36mm, além de fubá (granulometria inferior a 0,6mm). O grão foi misturado a água destilada na proporção e 200g/L, sendo posteriormente submetido a cozimento por 90 minutos. A seguir, foi resfriado a 80-90˚C, adicionando-se a enzima α-amilase, mantendo a pasta em agitação por 30 minutos. A pasta foi peneirada e caracterizada quanto ao Brix, pH, Açúcares Redutores Totais (ART) e Amido. Observou-se Brix entre 14 e 18,4%, Amido de 0,01 a 0,63%, ART entre 11 e 17% e pH de 5,9 a 6,3. Conclui-se que a granulometria de 0,6mm é a mais eficaz para extração dos açúcares do milho.
INTRODUÇÃOO etanol atualmente é a matriz energética que mais cresce mundialmente, devido seu baixo custo de produção quando comparado às outras fontes, e principalmente por causa das questões ambientais como a busca por reduções na emissão de gases poluentes. No Brasil, a perspectiva é o aumento constante do etanol, impulsionado pelo aumento no uso de veículos automotivos leves "flex-fuel", além do incremento em mistura com a gasolina e da produção de biodiesel, que utiliza deste no processo de transesterificação (MENDONÇA, 2010;FERREIRA, 2015).Nos últimos dez anos o setor sucroenergético no Brasil, passou por grandes transformações tanto tecnológicas quanto agrícolas, tais como: a expansão da cultura de cana para regiões diferentes das tradicionais, programas de melhoramento genético da cana-deaçúcar, substituição do corte manual pelo mecanizado com a consequente extinção da queima. Neste sentido, cabe destacar ainda as novas matérias-primas destinadas a produção de etanol, tais como o bagaço de cana hidrolisado (etanol de 2 a geração), sorgo sacarino e, mais